Quando a nebulosidade enfim deixou os meus olhos, eu pude então enchergar que o meu lugar estava intacto, ou que talvez ele nem era tão importante assim para mim. Existem outras prioridades, como um sorriso ingenuo e um choro faminto.
Sentir-se mais protetora do que protegida, acalentá-lo quando chora, ou simplesmente observá-lo enquanto dorme. São coisas tão simples, que se não forem vividos, parecem besteira.
É tão bom sonhar com o dia em que ele virá me pedir socorro, quando receber bronca da mãe. Ou quando ele me dirá:
- Olha tia, essa é a minha namorada.
E eu sei que não vai demorar tanto assim.
Esse primeiro mês passou tão rápido, mas posso dizer que foi um dos melhores da minha vida. E eu já não sei se posso viver sem o Juan por perto.