sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


Um arco-íris de cores vívidas estava ali, bem na minha frente. Cada uma representava um caminho para a felicidade.
Ao meu lado outras pessoas com suas escolhas, com olhos brilhantes e sorridentes, me olhavam como quem aconselhasse a escolher logo.
Mas eu estava ali, deslumbrada com aquilo e sem ter a menor ideia de qual cor pintar a minha vida ainda em branco.
Pessoas novas chegavam e logo saiam com sua felicidade, pareciam ter sido feitos uns para os outros.
Porém, o medo de tomar uma decisão errada me mantinha ali, intacta, só pensando e admirando a felicidade alheia.
Algo me ocorreu: E se eu não quiser nenhuma delas?
Nunca houve alguém que tivesse feito sua própria cor? Nunca houve alguém que construiu seus próprios caminhos?
Virei-me e deixei para trás vozes admiradas, algumas delas gritavam para que eu não fizesse isso.
Ignorei a felicidade pronta e segui em construir meu próprio caminho e conquistar a minha própria felicidade, convicta de que seria muito mais gratificante no fim de tudo.

(Metaforicamente falando em cores).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Quem sabe então...

Sinto como se eu me devesse algo, talvez desculpas, a mim mesma. Por tantas vezes me fazer promessas, e quase nunca cumprí-las.
Sinto que existe um grande vazio em mim, que só pode ser preenchido por decisões próprias, e que pra isso, me falta maturidade.
Às vezes tudo o que me faço, me parece pouco. E quase sempre, tudo que faço aos outros é ridiculamente pouco demais.
Mas, sobretudo e com muita sorte, consigo enchergar no futuro mais que uma outra chance, quem sabe até, mais uma dose de força para correr atrás de meus próprios sonhos.
E aquela voz quase que imperceptível no fim da mente, não tem obtido tanto efeito contra mim neste instante.
Despir-se do passado, parece tão fácil, tão indolor. Jogar fora aquilo que não presta, e ficar somente com o bem, quase na palma da mão.
É certo que a cada segundo existe um novo recomeço, quem sabe, essa não seja a palavra certa.
Quem sabe a cada segundo, exista a força de tornar-se um ser melhor, absolutamente melhor.
E enfim, desta maneira, sentir-me maduramente completa e realizada, não perfeita, apenas não mais aquela que outrora fui.