terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eu digo: Mal-me-quer.

Definir é limitar? Para isso existem as reticências... Dou-lhe o ínicio. Tu que trates de aprofundar-se em meus labirintos, se assim desejar. Neles poderá achar espinhos ou aromas suaves que lhe agrade, nele poderá cair e levantar-se, ir embora ou permanecer.
Descobrir novas cores e sons, ou apenas veja algo que jamais desejará ver novamente. Talvez conheça-me mais que eu a mim mesma.
Numa moldura clara e simples, estarão os meus muitos defeitos. E lá, bem no fundo, encontrarás minhas qualidades se prevalecer ao tédio dos defeitos.
Talvez em algum momento eu queira prender-te em alguma curva, ou queira mostrar-lhe algum que eu já conheça, pensando somente em agradar-te. Ou talvez eu lhe mostrarei o lado mais negro e horrível, para que se afaste.
Viajaremos um dentro do outro, conhecendo-nos e criando algo imenso que jamais poderá ser abalado.
Talvez possamos chamá-lo de "ponte". Será este grande monumento que ligará você a mim, e te fará esquecer os labirintos negros que em mim encontrou. Lembrará do doce sorriso, do olhar sincero, das palavras ditas ao luar... E quando chegarem as noites de tormentos e ciúmes, ao fim de cada uma, nosso monumental sentimento estreitará o caminho entre eu e você.

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