sábado, 25 de dezembro de 2010

Eu, eu mesma, e eu.

Minha vida é como uma montanha russa. Vivo acompanhada de uma incerteza que me faz sentir constante adrenalina. Num momento alegria absoluta, certeza da felicidade, em outro tudo se perde, se desvaloriza. Reflito se vale à pena viver desta forma. Receio que ainda não viva. Sinto-me como uma forasteira num mundo que não me aceita, que de fato não faz o meu tipo. Sinto estranheza de sentimentos, e me destôo de todos. Mas me sinto bem ao escrever em primeira pessoa, resgatando resquícios de inspiração de dentro da alma. Pois dessa forma mergulho num mar de mim, me descubro, me entendo, me aceito. Faço meu mundo ideal, do meu tipo, do meu gosto.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sem resposta.

Em cada gota de sangue derramado, revolta e mentira... Enquanto isso eu finjo não ver, não ouvir, estou sem percepções. Indagando desesperançosa, uma causa para tanto individualismo... Se ar e água nos é dado em abundância - infelizmente não em todos os lugares - mas se aqui sim... Se aqui sim então por quê? Tanto roubo, indiferença, tanto orgulho do ser melhor, se todos sangramos igualmente.
Ver o mal, fazê-lo, sentir prazer nele. Tranformando-nos de animais benévolos em bichos irracionais e malvados.
Se o mundo muda desde que existiu, tenho medo do amanhã. Embora ainda carregue comigo as histórias más contadas por bocas, combinadas com ouvidos calejados de maldade humana.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Carta ao passado.

Olá, querida tataravó. Deveria dizer que sinto saudades? Pois bem... eu gostaria de lhe ver, mas escrevo-lhe e já me sinto bem. Também devo lhe dizer quem sou... São algumas gerações a sua frente. Queria que visse o quanto uma única existência (A sua) gerou tantas pessoas, confesso que algumas eu mal (Ou não) conheço.
Como vai o início do século XX? Vejo antigas fotos e fico atiçada e curiosa para saber detalhes da cultura da sua época contados pela senhora, mas me contento em ler alguns livros que a senhora já deve ter ouvido falar, como o Dom Casmurro e o Cortiço.
Gostaria também, de lhe deixar sapiente das ocorrências do presente século XXI. É íncrivel olhar para trás e ver como as coisas mudaram em algumas décadas. Eu nasci no século XX, há 8 anos de seu fim.
Na mesma década aliás, em que surgiu a Internet, a senhora precisa ver a ferramenta útil que ela é. No presente século, todas as coisas - ou quase todas - acontecem e se transmitem a partir dela. Isso me lembra a sua época, aonde o jornal era a principal fonte de notícias, e que por poucas pessoas saberem ler, expressavam-se também pela arte... Que hoje pode estar um pouco banalizada, confesso, mas ainda é íncrivel.
Ressalto também a Era do telefone e computador portátil. Ouço a voz de qualquer pessoa em qualquer ponto do planeta com apenas alguns cliques. É muito eficiente, mas no entanto toda essa tecnologia também é altamente perigosa... Pois a senhora bem sabe como podem existir pessoas más no mundo, e é com tristeza que lembro dos regimes autoritários. A senhora não viveu para vê-los, e deve estar agradecida por isso. Tantas guerras, tantas mortes... Por motivos tão fúteis... Mas enfim.
O Brasil não é mais um país bebê... Somos uma República Democrática. Acredita que nós - mulheres - temos direito ao voto? Conquistamos isso também! Embora a política esteja tão suja ultimamente. São tantos roubos, tanto descaso com o cidadão... Mas lembrar do início da industrialização me conforta, pois hoje em dia, temos muitos direitos trabalhistas. Auxílio desemprego, carga horária de oito horas diárias, e muitos outros.
Outra ferramenta da comunicação em massa, é a televisão que hoje completa 60 anos. Vó, o povo de hoje não se imagina mais sem ela! Temos uma em cada cômodo. Nela vemos novelas, séries, e vários outros tipo de atuação e ficção. É um passatempo divertido, mas também perigoso, pois através dela tentam nos manipular... Temos de ficar de olho.
Posso afirmar que é mais difícil viver hoje em dia, é tanta mordomia, que acomoda o povo e os deixa no conformismo. Por exemplo, posso imaginar o quanto era difícil para a senhora lavar roupa, pois hoje não nos ralam mais as mãos nessa tarefa! O homem inventou a máquina de lavar... E outras infinitas invenções que nos deixam tempo de sobra.
E com pesar que digo, que mesmo com tanto tempo de sobre temos - me incluo - esquecido de dedicar um pouco a quem nos fez, o nosso Deus. A humanidade tem evoluido em alguns sentidos e declinado em outros. Tornamo-nos egoístas, individuais, competitivos ao extremo... Mas sabe, mesmo com todas essas coisas, eu tenho esperança que a partir de pequenas atitudes ainda poderemos reverter essa situação.
Enfim, tataravó, eu gostaria de tê-la conhecido.


Sou grata a ti por ter dado início a tudo.
Beijos.

domingo, 19 de setembro de 2010

É estranho que

em um momento de carência eu não possa mais provar os meus amigos dizendo que vou deletar só pra receber umas palavras de carinho. É chato que eu não possa fazer isso com o meu eu físico, seria interessante decidir a hora que vou morrer, e poder voltar atrás numa decisão tão grande.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Viajem diferente.

Quero uma passagem para o passado, uma que sem consequencias catastróficas, me faça relembrar de cada piada e cada sorriso gasto sem preocupações descenessárias. Que seja imprescindível por quanto dure, e que não deixe marcas profundas ou doloridas, mas que adicione em minha bagagem boas lembranças e apetrechos que sejam concretos, como um velho amigo redescoberto entre a poeira das inutilidades. Que não me diga de imediato aonde me levará, mas que me faça redescobrir estradas que a vida acelerada me fez esquecer. Que me leve além, quiçá, ao infinito, sem nem mesmo sair deste espaço físico... Que me faça lembrar de mim mesma.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Destino desconhecido.

“Já não vejo motivos, para um amor de tantas rugas não ter o seu lugar”.

Algo em torno de dois mil cento e noventa mil dias. E eu consigo enxergar como se fosse um estetoscópio. Em alguns dias, o ritmo estava intenso, badalado. O coração pulsava a duzentos por minuto. Em outras vezes mais brando, quem sabe num sono... Somente o amor adormecido, inofensivo.

Quem sabe o problema esteja no despertar violento de quando eu lembro da sua voz, do seu rosto, das palavras que já foram ditas, e então, retorna como um amor recém fabricado.

O destino parece mudar o rumo de nossas vidas freqüentemente, posso me lembrar de duas ou três vezes que não quis te ver nunca mais, que eu pensava que tudo tinha chegado ao fim, só para depois você reaparecer vivo no meu peito, fazendo-o se desmanchar com sua risada leve ao meu ouvido.

Hoje eu só não quero dizer que acabou, porque esse mesmo destino insiste em querer me desafiar, retirando todas as afirmações que faço confiando – inutilmente – em mim mesma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

True 2

É verdade que a insegurança sempre existirá, e eu nunca vou saber se estou fazendo a coisa certa até que o tempo me mostre.
E eu também sei, que já tomei a mesma decisão várias vezes em diferentes momentos da minha vida, mas eu nunca estive tão convicta disso antes.
Tudo na vida tem um fim, e para isso não seria diferente. Para que insistir em algo que não evolui nunca? O melhor é sempre seguir em frente.
E eu tenho planos grandiosos para mim, tão grandes que quando eu olho para frente sinto medo. Nada tão grave que me faça desistir.
Mas o medo consiste no meu receio de não ser o suficiente, mas um ponto forte é que não confio em mim mesma. Tenho certeza de que sozinha não chego nem na esquina.
Ninguém chega a lugar nenhum sem objetivos. Mas além de ter objetivos o mais importante, é colocá-los em prática. Não adianta escrever planos e deixar o tempo destruir o papel sem que as palavras se tornem atitudes concretas.
E às vezes uma decisão consiste em muitas mudanças e muita renúncia. Mas é assim que tem que ser, e assim como as coisas funcionam.
Eu ainda consigo sentir que minha vida está num papél em branco, e que ainda acontecerão muitas coisas boas, e ruins também. Não me importo com a segunda questão.

domingo, 4 de julho de 2010

Com perdão das palavras,

e sintetizando um pouco do meu ódio: Você é um merda! Sério, é por causa de pessoas merdas como você que a humaninade anda em eterno declínio.
As suas raras benéficas atitudes se perdem na sua prepotência e arrogância. Só você não encherga a sua frustrada participação na Terra. Quem sabe depois que você perceba, seja tarde demais e a sua hora de ir embora já tenha chegado.
Exatamente por pessoas iguais a você é que o mundo tem tantos problemas; a fonte dos problemas da sociedade começa dentro da família, aonde deveria haver ensinamentos para os mais jovens para que quando fossem velhos exercecem a honestidade com maestria. E hoje a figura que deveria ensinar é quem mais deve aprender. Com toda raiva que eu sinto agora, eu ainda consigo ter pena de você, pois é disso que você é digno... Nada mais que pena.



"Cura-me Senhor".

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Women in control!

Somos milhões de mulheres e estamos espalhadas por toda parte, exercendo (às vezes simultaneamente) várias funções.
Somos donas de casa, mães, filhas, e acima de tudo, somos mulheres. Frágeis até certo ponto e às vezes, em determinadas datas, até um pouco descontroladas.
Mas ninguém pode ignorar o fato de que estamos conquistando o mundo que antes era restrito aos homens.
Revolucionamos, e recriamos uma sociedade aonde a presença da mulher não é apenas secular ou “procriatória”. Nos infiltramos no mercado de trabalho e hoje somos a grande massa que faz o mundo capitalista girar. Seja na administração, ou na confecção.
Há quem diga que dirigimos mal, a meu ver é mero recalque. Hoje somos maquinistas, pilotos e astronautas. E por outro lado, há quem diga que vamos dirigir o mundo.
Conquistamos mais do que imaginávamos, nossa função vai além do secretariado. Construímos navios, aviões e carros. Somos soldadoras, pedreiras e engenheiras. Destruímos todos os limites que nos impunham com a desculpa de que somos fracas demais.
Nós, as mulheres, somos o único gênero na natureza que tem o dom de gerar e parir uma vida, nós, as mulheres, merecemos admiração e respeito.

Sob medida.

Eu seria capaz de tocar este silêncio, e com minhas próprias mãos destruí-lo, se ele não estivesse tão carregado de você. O brilho dos teus olhos, o seu cheiro e a sua fala mansa, a sua pele morena, a sua figura viril, e o seu sorriso impetuoso. Tudo contido num espaço inexistente, onde o real e o inventado se misturam até que sejam incapazes de ser reconhecido.

Na minha concepção de vida perfeita, você acorda ao meu lado, e o primeiro som do dia é a sua voz rouca me dizendo “eu te amo...

No meu mundo perfeito eu te idealizo como a própria perfeição em forma de homem.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

True

Embaixo da camada de prepotência e egocentrismo existia alguém frágil como vidro e com sintomas de intimidação.
Grandes partes de suas atitudes se originalizavam do seu medo constante, não a deixando agir firmemente, sem pudores.
Marcada por uma falsa liberdade, tentando conquistar o seu espaço num mundo desigual, ela segue em frente de cabeça erguida.
Deixou de lado o idealismo mundial, e tomou sobre seus ombros o peso do seu próprio rumo, as consequências individuais viriam logo em seguida.
E ela?
Aprendeu a viver com os contra-tempos e conspirações automáticas de suas próprias vontades, destinguiu caprichos de sonhos, e vai seguir em frente, em busca do sucesso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Confesso.

Vamos assumir mais, isso aí, assumir! E adianta esconder? Mentir para sí mesmo é tolo e vago, a verdade adora saltar na nossa cara.
E eu confesso: Te amo, te amo ainda. Desde cedo, você se lembra? Éramos crianças.
Durante seis invernos penso em você, toda noite. Eu te desejo aqui, a infância foi embora.
Juro que pensei que tinha desistido, consegui me desviar por tanto tempo, mas não tem jeito, não tem!
Eu te desejo aqui.
Eu te desejo.
Eu te...
Eu...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Eu quero.

Eu ouço o quero, na hora em que quero. Como o que quero, na hora que quero, exijo que não me atormentem por isso. Vejo tudo que quero, e quero ver muitas coisas sempre. Leio tudo que quero, me perco horas e horas assim. Quando me encontro, ainda continuo querendo muitas coisas.
E assim vou sendo dominada por meu próprio querer, e continuo querendo que seja assim eternamente.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Imbecilidade na idealização do homem perfeito.

Homens, eu disse homens? Para as garotas de hoje em dia, quanto mais o menino for afeminado, melhor.
Eles fazem prancha, usam maqueagem, pintam as unhas (Por que até aí, fazê-las é questão de higiene, o que também acho bobagem) usam roupas esquisitas e altamente coloridas, têm vozes esquisitas (Sim, me baseei no Justin miniBiba) E o pior de tudo: Esse é o "homem" dos sonhos delas.
Até quando a adolescência vai ser levada pelos ventos da moda? Até quando a adolescência vai deixar ser influenciada pela mídia?
Antigamente adolescentes ouviam Legião Urbana, Cazuza, (Que nem é tão velho assim), e hoje as meninas ouvem Cine, Restart e Jonas Brothers!
Que conteúdo têm a música deles? Qualquer doente mental consegue escrever algo do tipo: "Vem ser só minha, vai ser só minha".
Por Deus! Acordem.

domingo, 23 de maio de 2010

Jogadores de futebol são descartáveis.

Jovem, leve, habilidoso, criativo, consciênte... Principalmente com boa mira, no gol de preferência. Tudo o que exigimos dos jogadores de futebol, sem nem mesmo nos perguntar a que custo eles conseguem atingir esse perfil.
De repente envelhecem, entram numa fase ruim, não conseguem mas atingir o esperado que estimamos dele, e vai tudo por água abaixo.
Como se fossem papél higiênico, enquanto estão limpos ainda valem alguma coisa. Depois de usados, são jogados no lixo com a esperança de não vê-los nunca mais.
Um exemplo bem claro disso é o Petkovic, no ano passado estava bem, teve grande papél na vitória do campeonato brasileiro, mas como este ano não está se saindo tão bem assim, ao ouvir que entrará em campo, os telespectadores e espectadores dizem lamúrias e xingam o técnico.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Amor...

"Amor, então,
também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
É que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de tranformar em raiva,
ou em rima."

sábado, 8 de maio de 2010


"Sei que já tentei de tudo, sei que já não quero mais lembrar, só não sei como dizer pra mim. Toda vez eu me pergunto quem será que pode completar esses versos mudos que escrevi, pra tentar me convencer que eu consigo sem você, respirar enfim, um momento só pra mim, e deixar a vida acontecer.
Aos poucos vou reconstruindo, aos poucos tudo volta pro lugar, escutando a alma dizer que sim. Nesse mundo desatino, espero a nova rima me encontrar, nesses versos mudos que escrevi pra tentar me convencer que eu consigo sem você..."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Definição da Amizade.


Amizade não varia nunca, nem em grau, ou gênero, e quem sabe em quantidade. A amizade é o vínculo que você escolhe, é o amor que construímos sem interesse.
Amiga não é aquela que te força a dizer o que aconteceu; é aquela que simplesmente te abraça, enxuga as lágrimas e sorri quase maternalmente.

Melhores amigas se comunicam pelo olhar, entendem cada sorriso e se possível, leem pelo ritmo da respiração.
Ela não precisa estar lá em pessoa, pois temos sempre a certeza que está em pensamento.
Amizade não acaba, não dá um tempo e jamais se esquece. Por mais que o tempo passe e por mais que estejamos ocupadas, sempre teremos tempo para nos lembrarmos de cada momento juntas.
Cada risada, cada sorriso, qualquer lembrança por mais besta que seja, vale mais que o ouro.
Sempre saberemos, que qualquer que seja a situação, estaremos sempre unidas: No jogo do vasco, comendo bolo na dona Terezinha, caindo no meio do show, na cachoeira, beijando sapos, comendo de graça em cultos alheios, fofocando dos inocentes madrugada a fora, enfim, nunca serão apenas lembranças.
Somos amigas por escolha, mas o destino nos tornou irmãs. Que sejamos como uma bunda, e que merda nenhuma nos separe!


Te amo. ♥

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Descobri que...

Odeio bêbados.
Tem coisa mais desagradável que um bêbado? São tão incomodos, estúpidos e ignorantes!
Por que as pessoas tendem a se deixar levar por algo que além de ser prejudicial a saúde, altera sua personalidade?
Se ela já não era tão boa, fica ainda pior. Falam mole, dizem toda merda que pensam e nos obrigam a ouví-los.
O mundo seria muito melhor sem os bêbados, sem dúvida alguma.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Onde está o amor?

Observe uma mulher grávida pedir sua prioridade numa fila em um banco cheio e você vai ver nos olhos das pessoas o desprezo e o ódio. Veja uma idosa atravessando a rua sozinha e outras pessoas ocupados demais para lhe emprestar um braço para se apoiar, e vai ver com os próprios olhos a escassez do amor. Quem sabe um homem com frio e fome dormindo numa rodoviária imunda e mal cheirosa, e com certeza terá alguém pensando que ele é um vagabundo qualquer.
A verdade é que as pessoas ao passar do tempo estão ficando cada vez mais egocentricas, e esquecem que ao nosso redor existem outras pessoas com necessidades igualmente ou mais importantes que as nossas.
Elas sentem frio, fome, dor e querem ser felizes como nós. Talvez deixamos de perceber isso quando nos focamos nos nossos próprios desejos.

"ame o próximo como a si mesmo"

sábado, 3 de abril de 2010


Todas as vezes que eu o olho, é como se o mundo parasse de girar e o tempo paralizasse naquele mar negro. Cresce em mim como uma explosão gigantesca, emoções imensuráveis. Prevalece um desejo incomum de protegê-lo como se fosse o bem maior da humanidade.
Não, nada pode dar errado, nenhum arranhão, ao menor som de reclamação uma pontada me atinge. E então eu enfrento.
Enfrento o mundo inteiro por causa de uma pessoa, que pra mim, não é qualquer pessoa, é a pessoa.
A pessoa que eu nunca imaginei que precisava tanto, que antes de existir, parecia tão dispensável. Jamais, jamais imaginei que aquele momento fosse mudar a minha vida.
Sei bem, que por mais que eu tente decifrar todos os desejos dele, acabo sempre por errar. Mas a minha vontade de acertar é tão grande, que tenho certeza que ele não leva em conta, vê-se pelo sorriso que não se deixa faltar nenhum dia da minha vida.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Então não existe acaso, tudo tem propósitos. Este me atacou para que eu pensasse.
O que existe depois da vida, é um tema bem conversado pela terceira idade. Por que nós, jovens, não pensamos nisso?
Acreditamos sempre que temos a vida toda pela frente, quando não sabemos nosso próprio prazo de validade e qual o sentido dela.
Me parece totalmente aceitável ter sido criada por alguém, e que este, mais que ninguém, me ama inimaginavelmente mais que qualquer pessoa, e que isto excede ao meu entendimento.
Mas que este, não por acaso, me criou para que o adorasse. Sendo este o motivo da existência de toda a humanidade.
Que nos mostrou amor supremo dando seu próprio filho desconhecido do pecado, para que pudesse nos reaproximar e então, perdoar os nossos.
E que a partir disto, fez filhos aqueles que acreditam, e que nos preparou um futuro eterno ao seu lado.
Se parecer tolice... Pense que você evoluiu de uma bactéria. Idiotice, né?

"Ensina-nos a contar os nossos dias".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


Um arco-íris de cores vívidas estava ali, bem na minha frente. Cada uma representava um caminho para a felicidade.
Ao meu lado outras pessoas com suas escolhas, com olhos brilhantes e sorridentes, me olhavam como quem aconselhasse a escolher logo.
Mas eu estava ali, deslumbrada com aquilo e sem ter a menor ideia de qual cor pintar a minha vida ainda em branco.
Pessoas novas chegavam e logo saiam com sua felicidade, pareciam ter sido feitos uns para os outros.
Porém, o medo de tomar uma decisão errada me mantinha ali, intacta, só pensando e admirando a felicidade alheia.
Algo me ocorreu: E se eu não quiser nenhuma delas?
Nunca houve alguém que tivesse feito sua própria cor? Nunca houve alguém que construiu seus próprios caminhos?
Virei-me e deixei para trás vozes admiradas, algumas delas gritavam para que eu não fizesse isso.
Ignorei a felicidade pronta e segui em construir meu próprio caminho e conquistar a minha própria felicidade, convicta de que seria muito mais gratificante no fim de tudo.

(Metaforicamente falando em cores).

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Quem sabe então...

Sinto como se eu me devesse algo, talvez desculpas, a mim mesma. Por tantas vezes me fazer promessas, e quase nunca cumprí-las.
Sinto que existe um grande vazio em mim, que só pode ser preenchido por decisões próprias, e que pra isso, me falta maturidade.
Às vezes tudo o que me faço, me parece pouco. E quase sempre, tudo que faço aos outros é ridiculamente pouco demais.
Mas, sobretudo e com muita sorte, consigo enchergar no futuro mais que uma outra chance, quem sabe até, mais uma dose de força para correr atrás de meus próprios sonhos.
E aquela voz quase que imperceptível no fim da mente, não tem obtido tanto efeito contra mim neste instante.
Despir-se do passado, parece tão fácil, tão indolor. Jogar fora aquilo que não presta, e ficar somente com o bem, quase na palma da mão.
É certo que a cada segundo existe um novo recomeço, quem sabe, essa não seja a palavra certa.
Quem sabe a cada segundo, exista a força de tornar-se um ser melhor, absolutamente melhor.
E enfim, desta maneira, sentir-me maduramente completa e realizada, não perfeita, apenas não mais aquela que outrora fui.