quinta-feira, 29 de julho de 2010

Destino desconhecido.

“Já não vejo motivos, para um amor de tantas rugas não ter o seu lugar”.

Algo em torno de dois mil cento e noventa mil dias. E eu consigo enxergar como se fosse um estetoscópio. Em alguns dias, o ritmo estava intenso, badalado. O coração pulsava a duzentos por minuto. Em outras vezes mais brando, quem sabe num sono... Somente o amor adormecido, inofensivo.

Quem sabe o problema esteja no despertar violento de quando eu lembro da sua voz, do seu rosto, das palavras que já foram ditas, e então, retorna como um amor recém fabricado.

O destino parece mudar o rumo de nossas vidas freqüentemente, posso me lembrar de duas ou três vezes que não quis te ver nunca mais, que eu pensava que tudo tinha chegado ao fim, só para depois você reaparecer vivo no meu peito, fazendo-o se desmanchar com sua risada leve ao meu ouvido.

Hoje eu só não quero dizer que acabou, porque esse mesmo destino insiste em querer me desafiar, retirando todas as afirmações que faço confiando – inutilmente – em mim mesma.

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